terça-feira, 1 de maio de 2012

MULHERES CRISTÃS E A SUPERFICIALIDADE




Esta semana estive em um chá com cerca de 70 mulheres reunidas para uma comemoração. Tudo estava na mais perfeita ordem: salgados finos, doces que pareciam ser do céu, sucos deliciosos e o ambiente muito confortável. Entre conversas animadas, abraços a quem não se via há muito e o saboreio de tantas guloseimas eu observava tudo...
Mulheres muito bem arrumadas, com trajes elegantes, cabelos bem escovados com cortes modernos,em uma luta interminável contra a balança e as rugas, sempre a dizerem: "oi amada" com voz doce e suave como bem cabe a uma mulher cristã.
De volta para casa, não pude deixar de me entristecer ao constatar tamanha superficialidade. As conversas superficiais, perguntas superficiais com respostas superficiais. Palavras superficiais. Olhares superficiais. Porque nossos encontros tem se tornado tão superficiais? Porque deixamos isto acontecer? Porque entramos e saímos da mesma maneira na maioria de nossos encontros? Porque a maioria das pessoas não nos acrescenta nada? Porque nos calamos diante de tantas futilidades?
Num encontro de Mulheres cristãs a Palavra deveria ter seu lugar de honra. Pois ela não é uma palavra qualquer, não é palavra de homens. Mas como está escasso alguém que fale com autoridade, sem superficialidade a Palavra da Verdade! Isto porque a autoridade provém da intimidade com o Senhor da Palavra!
Mas como haver intimidade, algo tão profundo em meio a tanta superficialidade?
Voltei para casa pensando como eu posso falar em uma próxima reunião do meu amor por Jesus, amor tão profundo que chega a ficar doendo no peito quando colocam Ele de lado... Como posso falar das minhas renúncias no Seu altar... como posso falar do meu tempo de silêncio e renuncias que duraram cerca de 10 anos ... como posso falar de como perdi a minha vida para encontra-la nEle... Como posso falar? Alguém vai me escutar?
Ouço que a mensagem de hoje é: não sofra, não abra mão, seja feliz.
Eu temo que muitos de nós tenham se apartado da simplicidade como Paulo disse e têm se saciado com uma comida que não é a verdadeira comida.

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