TESTEMUNHO
Meu nome é Ivana Quintão de Andrade. Tenho 49 anos e moro em Niterói,
RJ.
Sou uma pessoa que passou a infância, adolescência, juventude e até a
idade adulta ouvindo comentários preconceituosos a respeito do meu corpo,
devido ao excesso de peso. Por isso, infelizmente, deixei de viver muitos
momentos legais, refugiando-me em casa, porque eu abominava o meu próprio
físico, tinha muita vergonha dele.
Além disso, mesmo quando as pessoas me elogiavam, minha mente doentia
interpretava como uma crítica à minha pessoa. É difícil explicar o que se
passava dentro de mim em relação a esse assunto, eu mesma não conseguia
compreender! Por isso, cheguei a procurar a ajuda de psicólogos!
No dia 16 de dezembro do ano passado, reencontrei uma amiga que não via
há 5 anos. Segundo ela, embora já tivesse saído de casa para me encontrar, Deus pediu que ela voltasse, pegasse um
exemplar do livro A Filha Amada e o
desse para mim. Minha amiga, que já havia lido esse livro, tinha comprado 10 exemplares,
com o propósito de dá-los para quem Deus lhe revelasse. Louvo a Deus por esse
cuidado que Ele tem com seus filhos!
Dois dias depois, li uma ou duas páginas, mas como ainda estava às
voltas com as últimas semanas de aula (sou professora), deixei o livro de lado.
No entanto, nos quatro últimos dias do ano de 2011 e no 1o. dia de 2012, absolutamente
sozinha em minha casa, e no auge do meu sentimento de menosvalia, vivi uma
experiência inesquecível durante a leitura: Jesus veio ao meu encontro!
Na última semana do ano de 2011, fiquei totalmente sozinha em casa, pois
meus filhos e alguns familiares haviam viajado. Apesar de insistirem para eu ir
com eles, preferi ficar em casa. Inventei uma desculpa, mas na verdade, eu
estava era me sentindo péssima, feia, gorda, sem direito à diversão. No mês que
vem farei 50 anos de idade e aquela foi a 1ª. vez que passei um Réveillon sem
ninguém ao meu lado: sem família e sem amigos.
Mas Jesus ficou comigo, cuidando de mim enquanto eu lia o livro “A Filha
Amada”. Essa leitura começou no dia 30 de dezembro de 2011, e terminou no 1º.
dia de 2012. Foi uma leitura vagarosa, pois cada parágrafo me conduzia a uma
reflexão profunda. E eu me deixava levar pelos pensamentos, pelas lembranças e
pelo choro.
Na noite de 31 de dezembro, senti um desejo enorme de ir ao culto, mesmo
que sozinha. Cheguei a pensar em não ir, afinal, “as pessoas na igreja vão ficar olhando pra mim, com pena..., querendo
saber por que estou ali sozinha, naquela noite tão especial...”. Mas fui assim mesmo, cheia de vontade de
louvar a Deus e ouvir a Sua palavra.
Na igreja, escolhi um banco onde só havia um casal sentado. Depois
reparei que, do jeito como me sentei, acabei deixando vago o lugar para mais
uma pessoa do meu lado esquerdo, e outra pessoa do meu lado direito. Mas esses
dois lugares acabaram ficando vazios até à meia-noite.
Foi quando me surpreendi com o seguinte: durante todo o culto eu não
percebi nenhum olhar ou comentário piedoso sobre o fato de eu ser a única
pessoa desacompanhada!! Tudo o que notei foi que eu estava sentindo uma alegria diferente, e que meu
coração estava cheio de alguma coisa que eu não sabia dizer o que era. Além
disso, parecia que os dois lugares vagos estavam ocupados! Então, concluí que se ninguém tinha vindo me perguntar
se podiam me fazer companhia, ou perguntar a razão de eu estar sozinha numa
noite tão especial, era porque, na verdade, EU
NÃO ESTAVA SOZINHA!
Voltei para casa radiante, cheia de vontade de continuar a leitura do “A
Filha Amada”. Li mais um pouco e fui dormir. No dia seguinte, 1º. dia de 2012, adivinhem
qual era o capítulo a ser lido? “Alegria”- aquele que fala sobre a cobra e a lagartixa, ou seja, sobre o que
acontece quando olhamos o problema, com medo, com a auto-estima baixa, com o
sentimento de que não temos valor, como se ele fosse uma cobra perigosíssima.
Mas quando nos deixamos visitar por Jesus, “qualquer problema se torna se torna
uma lagartixa”.
A emoção foi enorme (e o choro – de alegria – também)!
Percebi que Jesus já estava cuidando de mim desde o início da leitura do
livro da irmã Marilene! No entanto, foi exatamente ali, na leitura do capítulo
“Alegria”, que senti Jesus me abraçando um abraço eterno, e retirando, para
sempre, uma “pedra” muito, muito pesada do meu vagão: a pedra que dizia que meu
corpo era horrível, que eu era feia; a pedra que me dizia que eu não merecia
ser admirada, muito menos, amada.
Nos dias que se seguiram, voltei ao início do livro e recomecei a
leitura, sublinhando as passagens que parecem vir da boca de Deus para mim. Hoje,
me pego lendo e relendo certas frases que vêm se transformaram em combustível
para o meu dia a dia.
Muitas coisas ao meu redor ainda parecem as mesmas; mas uma ou outra já
começou a mudar. Creio que isso está acontecendo porque eu estou mudando, estou
aprendendo a me relacionar com Deus e quero aproveitar cada minuto dessa
caminhada, pois "nada se compara ao dia em que Deus vem até nós".
Ivana
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